Arcadismo e/ou Neoclassicismo
O Arcadismo (também conhecido como setecentismo ou neoclassicismo) surgiu na Europa no começo do século XIII. Seu nome “arcadismo” tem como referência a região Sul da Grécia Antiga, Arcádia. Era governada pelo Deus Pan, povoada de pastores que apreciavam a arte poética cujas características eram a simplicidade e a espontaneidade.
Devido ao declínio do Barroco, a escola literária começou a se destacar sendo assim um período de transformações culturais e científicas, onde além da predominância da razão em prol do desenvolvimento socioeconômico e cultural houve também a ascensão da burguesia, bem como seus valores sociais, políticos e religiosos.
Por meio de um intenso comércio ultramarino e da multiplicação de estabelecimentos bancários, na Inglaterra e na França a burguesia passou a dominar economicamente o Estado, mesmo apropriando parte de uma atividade agrícola. Simultaneamente, a antiga Nobreza é dizimada e o Clero perde suas ideologias e assim o pensamento iluminista burguês se espalha por toda a Europa.
A Itália assumiu um caráter particular influenciada pela lendária região Arcádia já citada, onde pastores viviam de um modo simples, espontâneo. Divertiam-se cantando, faziam disputas poéticas sempre celebrando o amor e o prazer. Por inspiração de Giovan Maria Crescimbenj di Macerata (poeta e crítico literário italiano) criaram a “Academy of Arcadia (1960)” (Academia de Arcádia na tradução): academia literária que reunia os escritores com o objetivo de despargir a ideologia neoclássica e, simultaneamente combater o Barroco. Para seguir os princípios da simplicidade e igualdade os integrantes da academia usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e as reuniões eram feitas em parques e jardins em função de aproveitar a vida natural. A sociedade literária foi fundada por Giovanni Vincenzo Gravina e Giovanni Mario Crescimbeni, auxiliados por Paolo Coardi de Turim. Do círculo faziam parte, entre outros, os