aquifero guarani
Marina Costa Barbosa, Ana Maciel Carvalho, Priscila Ikematsu, José Luiz Albuquerque Filho, Ana Candida Melo Cavani
Resumo
A crescente utilização das águas do Sistema Aquífero Guarani (SAG) indica a necessidade de ampliação do conhecimento hidrogeológico e dos aspectos de uso e ocupação do solo nos terrenos correspondentes à área de afloramento desse sistema aquífero, porção mais vulnerável à contaminação. Na área de afloramento do SAG, pode-se identificar um avanço do uso da terra para as atividades agrícolas, fato que justifica uma avaliação do perigo de contaminação da água subterrânea em decorrência dessas atividades. Para tanto, foi primeiramente realizado o zoneamento da vulnerabilidade natural do SAG à contaminação e uma classificação do potencial de contaminação de cada tipo de cultura existente na área (cultura anual, perene e semiperene). Em seguida, os mapeamentos foram sobrepostos e, da interpretação dessa sobreposição, elaborou-se o mapa do perigo de contaminação do SAG decorrente das atividades agrícolas. De acordo com os resultados apresentados, a vulnerabilidade à contaminação na área de estudo varia de Média a Alta. A unidade aquífera Botucatu apresenta-se um pouco mais vulnerável que a unidade aquífera Piramboia. Por outro lado, devido às expressivas áreas ocupadas por culturas semiperenes, grande parte da área foi classificada com potencial Elevado de contaminação da água subterrânea. Quanto ao perigo de contaminação, uma área de aproximadamente 2.250 km2 foi classificada com perigo Alto, perfazendo 9% da área de estudo, o que denota a necessidade de estabelecimento de medidas que priorizem as boas práticas agrícolas e o monitoramento contínuo da qualidade da água. Além disso, constatou-se a necessidade de pesquisas mais detalhadas, uma vez que este estudo foi desenvolvido em caráter regional.