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Todos os dias, a cada edição de jornal ou revista, a cada emissão radiofônica ou televisiva, estereótipos e preconceitos recebem contribuição dos meios de comunicação de massa no processo de reciclagem que lhes permitem perdurar, apesar dos avanços e das ações políticas no sentido de superá-los.
Na história recente, muitas vezes, o papel da imprensa foi decisivo para a deflagração ou desfecho de episódios que influenciaram povos e nações.
Esse protagonismo foi conquistado graças à sua natureza e à legitimidade que conquistou da opinião pública, sobre a qual também exerce forte influência.
Resultou no privilégio de ocupar um espaço decisivo no cotidiano, outrora ocupado por sacerdotes e adivinhos que anunciavam receber sinais de divindades ou da natureza.
Hoje, para perscrutar o futuro, as pessoas consultam a imprensa. Através dos sinais que ela emite e do que anuncia de forma explícita, tentam perceber o que lhes reserva o amanhã. Foi uma inegável contribuição à popularização do conhecimento e ao alijamento de práticas obscurantistas irracionais e fatalistas. Porém, antes, como agora, da parte desses oráculos, havia exploração de crenças, manipulação dos fatos e construção de mitos – assim ganharam e mantiveram o prestígio.
MÍDIA É O MEIO
A palavra mídia, incorporada ao vocabulário brasileiro através do ambiente da publicidade, tem origem no Latim (media), defi nindo instrumento mediador, elemento intermediário. Apropriada pelo inglês, foi disseminada no mundo a partir da pronúncia norte-americana, que soa próximo a mídia, e assim foi assimilada no Brasil, ganhando até acentuação em conformidade com a norma gramatical.
Na comunicação, mídia é o elemento que concretiza esse processo mediando a interação entre as partes. Pode ser a escrita, mas também o papel em que foi fi xada; pode ser a notícia publicada, mas também o jornal que a divulga; a canção ou o disco em que está gravada. Por