Aproximações entre ciência e filosofia
O início do pensamento científico e/ou filosófico se dá a partir do momento em que o ser humano se questiona sobre a possibilidade de uma causa natural para o surgimento das coisas no mundo. Na visão mitológica, o ser humano e todas as outras coisas “nascem”, segundo Andreeta (2004), dos deuses e das “forças divinas”. Essa concepção será superada a partir da busca pela causa dos fenômenos e do exercício da razão.
A filosofia se assemelha com a ciência justamente por ser racional. Sinteticamente, existe uma afinidade entre a filosofia e ciência, na medida em que ambas acordam na mesma função: o pensamento. Porém, se diferenciam pelo seu objeto. Enquanto o conhecimento científico tem por objeto parcelas da realidade, a filosofia dirige-se ao seu conjunto e à totalidade das coisas. (HESSEN, 1987)
Percebe-se na ciência um procedimento metódico: O cientista já sabe aonde quer chegar, ainda no ponto de partida de sua investigação, pois há objetividade. O cientista vai à sua experiência sempre com uma hipótese, com uma ideia pré-concebida. Sendo assim, a ciência, de certa forma, já possui os seus objetos de investigação de antemão. Cabe a ela fazer sínteses de conhecimento, se utilizando da experiência e desvelando as relações de causa e efeito que estes objetos podem lhe dar.
Em filosofia, como afirma Andreeta (2004), a verdade formal do pensamento com a sua tradução escrita ou verbal é mais valorosa do que uma verdade empírica propriamente dita. O que interessa, no conhecimento filosófico, é a fidelidade com que o filósofo consegue comunicar o que pensa.
Em suma, a filosofia se diferencia da