Aproximação a filosofia
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1Autor: Sávio Laet de Barros Campos Santo Agostinho: Católico ou “Protestante”?– Uma primeira aproximação da sua Eclesiologia e Exegese Sávio Laet é Bacharel-Licenciado e Pós-Graduado em Filosofia pela UniversidadeFederal de Mato Grosso [UFMT], cursou aindaalgumas disciplinas teológicas [Revelação e Fé;Transmissão da Revelação e Teologia do DireitoCanônico] no SEDAC [Studium Eclesiástico D.Aquino Corrêa]. Foi pesquisador do Grupo deEstudos Polis-Éthos [registrado no CNPq] daUFMT. Também participou como estudioso dafilosofia medieval no grupo de “Pesquisas emFilosofia Antiga e Medieval” [com registro noCNPq] vinculado à mesma instituição. Um dos “reformadores” mais famosos – João Calvino – certa feita proclamou:“Augustinus totus noster est” [Agostinho é todo nosso]. Reivindicava assim – para a“Reforma” – o pensamento do Santo Doutor. Calvino pensava, sobretudo, na doutrina dagraça segundo Agostinho. Não é o caso de adentrarmos aqui no contexto da obra doreformador. Fato a se ressaltar é apenas que a ideia expressa nesta máxima ainda perdura emalgumas escolas do protestantismo. Entretanto, a máxima é falsa e uma injúria à memória doSanto Bispo. Não há como desmascará-la ponto por ponto na obra de Santo Agostinho, masseguiremos de perto a via aberta pelo Pe. Leonel Franca que – noutro contexto – deparou-secom a mesma dificuldade:Não nos é possível demonstrar aqui todo o dogma católico comtrechos de S. Agostinho, mas podemos esboçar as suas ideias sobre asquestões fundamentais, dentro de cujos limites restringiremos a nossapolêmica com o protestantismo.1Não faremos abundar no texto os originais latinos, porque a indicação bibliográficanos dispensará disso, uma vez que conduzirá o leitor interessado ao original. De mais a mais,não seguiremos, ipsis litteris, a tradução do invicto jesuíta, pois morto em 1948, suasexcelentes traduções “padecem”, de qualquer modo, dum