A (in)utilidade da filosofia
"Para que filosofia?" e "o que posso fazer com a filosofia?". Antes de responder esses duas questões é preciso responde a uma outra, "o que é filosofia?". Segundo o autor, há uma dificuldade em defini-lá e até mesmo em caracterizá-la por se tratar de uma realidade complexa, mas é preciso refleti-lá e buscar esclarecê-la. Muitos são os caminhos que nos levam ao encontro do significado de filosofia. Um desses caminhos é o uso que fazemos dela em nossa linguagem comum, filosofia entendida como uma "orientação de vida". Também fazemos o uso dela quando nomeamos determinadas pessoas, cursos, livros e etc. A palavra filosofía é de origem grega, onde filo significa "amor, amizade" e sofia significa "sabedoria", ou seja, "filosofía é o amor, amizade pelo saber". Platão foi quem sistematizou a palavra filósofo, onde segundo este, "o filósofo não é o que possui o saber, mas aquele que está em busca da sabedoria." Porém, o autor ressalta que essa definição etimológica não responde a questão da (in)utilidade da filosofia e novas indagações surgem, como: "o que é sabedoria?"; "o que é ser sábio?"; e principalmente "o que sabe o sábio?" Tomando a via historiográfica de aproximação, o primeiro historiador da filosofia foi Aristóteles, abordando a realidade e buscando explicações para suas causas. Segundo Aristóteles, o primeiro filosófo foi Tales de Mileto, a parti dele surgiu uma nova forma de pensar e compreeder a realidade, o confroto entre racionalidade e mito. O que provoca esse novo modo de pensar é um sentimento de maravilha e de admiração, trazendo uma diferença entre a abordagem filósofica e a abordagem mítica da realidade. Algumas caracteristícas nos ajudam a reconhecer quando um discurso é filosófico. A primeira, é o pensamento "crítico, radical e total." Outra forma de caracterização é apresentada por Reale e Antiseri (1990, p. 21-22), que são: o seu conteúdo, método e seu objetivo. O conteúdo, pretende explicar a