Apriorismo de Kant
“Se, porém, todo o conhecimento se inicia com a experiencia, isso não prova que todo ele derive da experiência.” (página 36)
A Priori e A Posteriori O conhecimento pode ser considerado como a priori ou empírico, que por sua vez, tem origem a posteriori. Por conhecimento a priori entende-se todo o conhecimento que não depende da experiência, encontrando-se no seu estado mais puro quando nada de empírico nele se mistura, sendo completamente independente de qualquer experiência.
Na filosofia pré-kantiana reconheciam-se os juízos analíticos a priori e os juízos sintéticos a posteriori. Os juízos analíticos podem também designar-se explicativos e não acrescentam nada de novo ao conceito do sujeito, resultam apenas da sua decomposição, “o Predicado B pertence ao sujeito A como algo que está contido (implicitamente) nesse conceito A” (página 42-43), é o caso da afirmação: “todos os corpos são extensos” (43), deste modo não são criados novos conceitos, a razão apenas analisa conceitos que adquirimos anteriormente. Os juízos sintéticos ou extensivos juntam dois conceitos que não estavam necessariamente unidos, o que significa que do sujeito não se pode extrair o predicado por nenhuma decomposição, “B está totalmente fora do conceito A, embora em ligação com ele” (43). Já de acordo com Kant eram possíveis os juízos sintéticos a priori, como é o caso nomeadamente da matemática, da física e da geometria. O conhecimento a priori implica “uma verdadeira universalidade e uma rigorosa necessidade, que o conhecimento empírico não pode proporcionar.” e as representações originadas por este processo denominam-se puras.
Kant atribui a designação de estética transcendental à ciência encarregue de estudar os princípios da sensibilidade a priori, em contraposição à lógica transcendental que se dedica ao estudo dos princípios do pensamento puro.
Entre o Racionalismo e o Empirismo
O apriorismo é a teoria epistemológica que