Apresenta O
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, ingressou no Ministerio dos Negócios
Estrangeiros em 1941, dando início a uma longa e brilhante carreira diplomática que culminou em 1961 com a sua nomeação para a titularidade da mesma pasta. Entre 1961 e 1969 foi o principal executor da política externa portuguesa, ao serviço da qual revelou grandes dotes de imaginação, inteligência, tenacidade, lucidez e patriotismo. Conhecedor profundo do passado histórico do país, observador realista e penetrante da cena política internacional, apóstolo infatogável e incoercível da tese da integridade da nação, foi por estas virtudes galardoado com a mais alta distinção honorífica nacional: a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Em 1974, na sequência do 25 de Abril, foi preso, ficando detido sem culpa formada no forte de
Caxias, após o que partiu para Londres, onde se exilou. Afastado do país por quantos temiam a autoridade do seu nome, dedicou-se com afinco ao culto das Letras, reatando uma vocação intelectual que remontava já à década de 40 e no âmbito da qual logrou conquistar posição de relevo. De regresso a Portugal, em 1981, manteve-se Alberto Franco Nogueira como interventor de primeira linha no cenário da vida pública, procurando defender à outrance os interesses permanentes do país. Síntese da sua biografia e da obra que escreveu é a máximaque faz exarar no preâmbulo do seu último livro, Juízo Final, e reza assim: "Agir com fé em função dos princípios que possui, das convecções que sente, dos valores em que acredita - eis o dever de todo o homem.
Desaparecido no dia 14 de Março de 1993, encontra-se sepultado no cemitério da sua terra natal. _____________________________________________________________________________
«Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, gerou-se em Portugal um clima de ódio contra a figura histórica e humana de Oliveira