APRESENTA O
Este trabalho apresenta uma experiência em orientação profissional vivida por acadêmicas do 5º (quinto) ano de Psicologia da Pontifica Universidade Católica de Campinas - PUCC.
No que se refere à Orientação Profissional, são levantadas inúmeras críticas ao que se têm feito até a atualidade neste campo. Os principais questionamentos levantados fazem menção ao fato de não existir um indivíduo que seja isolado e que possua características naturais da espécie (vocações ou dons) que se desenvolvam de acordo com as condições dadas socialmente, e sim que este é construído historicamente por meio de sua atuação na sociedade.
Desvela-se então, o engodo que impera nessa dita liberdade de “escolha” e na igualdade de oportunidades, que se torna irreal na sociedade capitalista. Assim sendo, a propagação de tais ideias torna-se instrumento de manutenção do sistema social e consequente camuflagem das desigualdades que permeiam este. A realidade é admitida apenas como fator a ser superado pelo indivíduo, ocultando-se desta forma, a necessidade de ajustamento do sujeito às estruturas ocupacionais já existentes, ignorando-se fatores culturais, políticos, sociais e econômicos inerentes a cada momento histórico e que refletem nas possibilidades de escolha profissional do sujeito.
Diante disso propôs-se uma intervenção realizada em uma escola pública de Campinas, calcada na teoria sócio-histórica cuja principal referência bibliográfica foi o livro de Silvio Duarte Bock (2002), no qual, o autor divide a orientação em três módulos baseados em três grandes temas: autoconhecimento, o mundo do trabalho e o processo de escolha.
Propõe-se, como objetivo da orientação profissional a criação de condições para que a pessoa a ela submetida apreenda os conteúdos ideológicos que estão implícitos no processo de reflexão sobre a escolha de uma profissão.
Assim, a intervenção foi realizada num total de 15 (quinze) encontros semanais, de Junho a Novembro do ano de 2015, com alunos do 3º