Aprendizagem
Evely Boruchovitch
Fonte: Psicologia: Reflexão e Crítica, 2004, 17(2), pp.143-150 (www.scielo.br/pdf/prc/v17n2/22466.pdf)
O referido artigo faz uso da Teoria da Autodeterminação. A autodeterminação representa um conjunto de comportamentos e habilidades que a pessoa apresenta a fim de efetivamente realizar um comportamento intencional, ou seja, realizar um planejamento. Esta teoria tem como objeto de estudo as condições do contexto social que facilitam a saúde psicológica, bem como apresenta como hipótese principal de que o bem-estar psicológico pode ser alcançado a partir da autodeterminação. Segundo esta conjectura, o comportamento, para ser considerado autodeterminado, necessita estar acompanhado de quatro predisposições básicas, deve ser autônomo – interesses e habilidades da pessoa; autorregulado – uso de estratégias para o alcance de objetivos; ser expressão de um empoderamento psicológico – conhecimento prévio do individuo, motivação e personalidade; e ainda, resultar em autorrealização – propósitos pessoais (Wehmeyer, 1999).
O artigo citado refere-se a teoria da Autodeterminação no contexto escolar, considerando como objeto de estudo professores e alunos, analisando a motivação intrínseca como fator desencadeante no desempenho destes. A motivação intrínseca é considerada por Deci e Ryan (2000), a base para o crescimento, integridade psicológico e coesão social, uma vez que direciona o individuo a uma vida de bem-estar individual e coletivo, considerando a afirmação de práticas como a busca de desafios e auto-realizações.
“A motivação intrínseca do aluno não resulta de treino ou de instrução, mas pode ser influenciada pela ação dos professores. Embora não se