Aprendizagem (ídolos)

1. Introdução

O presente trabalho tem por objetivo relacionar a questão da aprendizagem por modelação de Albert Bandura com o comportamento apresentado pelos jovens (adolescentes) em relação aos seus ídolos.
Bandura desenvolveu trabalhos a respeito da “aprendizagem observacional” onde um indivíduo aprende eficazmente a partir da observação de um comportamento emitido por outro e de sua realização posterior.
A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que o indivíduo descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.
É este período no qual uma criança se transforma em adulto. Não se trata apenas de uma mudança na altura, no peso, nas capacidades mentais e na força física, mas, também, de uma grande mudança na forma de ser, de uma evolução da personalidade. É uma época de imaturidade em busca de maturidade.
Nessa etapa da vida é comum tentar se afastar da família, pois essa já não lhes satisfaz em relação aos interesses sociais, onde a importância para o jovem é a busca de prazer, de diversão, de novas formas de relacionamento e de novos parâmetros em que ancorar suas identidades. Uma vez encontrado esse parâmetro, os esforços são para reproduzir seus ideais. Junto a esse processo individual, inicia-se o processo de tribalização dos jovens que seguem este mesmo ídolo, compartilhando estes mesmos parâmetros, gostos e estilos, criando um novo grupo social a quem pertencem. Normalmente os adolescentes buscam grupos de amigos que tenham os mesmos interesses, os mesmos gostos e desejos, a fim de uma identificação menos conflitante e mais amigável.
Além disso, é nessa época também que pela personalidade ainda não estar completamente formada que os jovens começam a se questionar. E por ainda não terem segurança e confiança em si mesmo, procuram se identificar com pessoas fora do