Aprendizagem: uma reflexão metodológica
Fernando Osias Queco
Docente na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane
Licenciado em Ensino de Educação Fisica e Desporto
Mestrando em Desenho de Sistemas de Educação – na Universidade Pedagógica
Email: fqueco1@gmail.com
1. Introdução
À priori, todos os seres vivos são alvo de um processo de aprendizagem, dos racionais aos irracionais. Os pássaros, por exemplo, desde cedo expulsam seus filhotes do ninho, fazendo com que experimentem o processo de aprendizagem do voo, e este exercício é fundamental para a continuidade da vida. Portanto, nós seres humanos também vivemos experiências de aprendizagem nos diversos sectores e/ou momentos de nossa vida: em casa, na rua, igreja, na escola, etc. Em geral, vivemos estas experiências e passamos por experiências do tipo: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver. Todos os dias misturamos a vida com a aprendizagem. Os bebés, por exemplo, sentem necessidade de aprender e esta aprendizagem iniciada desde a mais tenra idade, tem o objectivo de socializar o indivíduo na comunidade envolvente por meio do ensino de hábitos, costumes e
valores convencionados de forma consensual pela colectividade. Podemos consumar que em geral, a educação ajuda a pensar tipos de homens, mais do que isso, ela ajuda a criá-los, através de passar uns para os outros o saber que o constitui e legitima. Produz o conjunto de crenças e ideias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto constroem tipos de sociedades. É no entanto, de capital importância perceber o que está por de trás deste complexo processo de aprendizagem do ser humano, que envolve esferas cognitivas, físicas, ambientais, afectivas, culturais, socioeconómicas, etc. que influenciam este processo, algumas vezes positiva e outras negativamente. Afinal de contas o que é aprendizagem? (a partir de que