Aprendizado e memória
Resumo: A memória é dividida de duas grandes formas: explícita e implícita. O hipocampo é necessário para a formação das memórias explícitas, ao passo que várias outras regiões do cérebro, incluindo o estriado, a amígdala e o nucleus accumbens, estão envolvidos na formação das memórias implícitas. A formação de todas as memórias requer alterações morfológicas nas sinapses: novas sinapses devem ser formadas ou antigas precisam ser fortalecidas. Considera-se que essas alterações reflitam a base celular subjacente das memórias persistentes. Consideráveis avanços têm ocorrido na última década em relação a nossa compreensão sobre as bases moleculares da formação dessas memórias. Um regulador-chave da plasticidade sináptica é uma via de sinalização que inclui a proteína-quinase ativada por mitógenos (MAP). Como essa via é necessária para a memória e o aprendizado normais, não é surpreendente que as mutações nos membros dessa via levem a prejuízos no aprendizado. A neurofibromatose, a síndrome de Coffin-Lowry e a de Rubinstein-Taybi são três exemplos de transtornos de desenvolvimento que apresentam mutações em componentes-chave na via de sinalização da proteína-quinase MAP.
A capacidade de aprender algo novo e então armazenar as informações na memória a longo prazo é parte do desenvolvimento normal. Como clínicos, somos freqüentemente chamados a avaliar se a criança está-se desenvolvendo de forma adequada. Habilidades específicas estão surgindo no tempo apropriado ou estão atrasadas? Por exemplo, marcos importantes do desenvolvimento incluem a capacidade de ler e de interagir adequadamente com os colegas de infância. Os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a sentar e a engatinhar, a caminhar e a falar, e a desenvolver habilidades sociais têm sido intensamente focados por psicólogos e psiquiatras ao longo dos anos. Várias teorias que tratam dessas questões no nível sistêmico foram propostas, incluindo as teorias segundo perspectivas