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MODERNISMO
Termo que designa o culto do moderno, ou seja, e em termos gerais, de tudo aquilo que se opõe à ideia de clássico e de tradição. O modernismo surge, assim, como conceito associado a uma ética do progresso, da aceleração das inovações e experiências (formais ou plásticas) conduzidas pelos movimentos de vanguarda do início do século XX, em função da ideologia do novo como valor ético e estético, da autonomia da arte, e da recusa da realidade como modelo para esta última. Caracteriza-se por uma viragem para o interior do sujeito, para a corrente da consciência. Leva a cabo uma espécie de reinvenção da linguagem, ao nível da forma, da expressão, introduzindo no domínio do literário uma pretensa desconstrução sintáctica e as linguagens jornalística e publicitária.
SIMBOLISMO
Movimento surgido na poesia francesa em finais do século XIX e que se reflectiu também nas artes plásticas. O poeta era concebido como um ser distante do vulgo, a quem cabia a revelação da beleza e a sugestão do mistério, afastando-se, assim, do papel interventor que caracterizara os escritores românticos e realistas. O simbolismo é, pois, uma manifestação dos princípios da arte pela arte. A originalidade, o recurso a termos insólitos e raros, a valorização da metáfora, a sugestão do vago, do impreciso, são características marcantes desta escola, na literatura.
SAUDOSISMO
Movimento estético ocorrido em Portugal no primeiro quartel do século XX. O saudosismo consubstancia uma atitude humana perante o mundo que tem como base a saudade, considerada por Pascoaes o grande traço espiritual definidor da alma portuguesa. A saudade é elevada a um plano místico (relação do Homem com Deus e com o mundo, ânsia nostálgica da unidade do material e do espiritual) e corresponde a uma doutrina política e social. Surgido no clima mental nacionalista, tradicionalista e neo-romântico de inícios do século, o saudosismo pretendia, tomando a saudade