aprender a aprender
Este texto constitui uma tentativa de salientar alguns tópicos da obra de Peter Senge “The Fifth discipline: the Art and Practice of Learning Organization”, publicada em 1990. A partir dele poderemos pensar um pouco a respeito de nós próprios e das relações que estabelecemos com os outros, conosco e com o mundo. Neste livro ele
Nesta obra, Senge fala-nos na forma de convertermos as diferentes instituições onde estamos inseridos em profícuas e verdadeiras locais onde se aprende e todos são aprendentes, as “learning organization”. Afirma que o progresso das instituições tem mais a ver com a capacidade de aprender dos indivíduos, do que com os recursos materiais, naturais ou com as competências tecnológicas. Mas para que escolas, famílias, empresas, se constituam em “learning organization” é necessário que aprender não signifique reproduzir comportamentos ou memorizar conteúdos determinados, mas antes se constitua capacidade de reflexão e conseqüente auto-transformação.
Neste sentido, para mudar as escolas, as coletividade, as famílias, etc., é preciso que as mudanças necessárias não ocorram apenas nas organizações de que fazemos parte, ou em cada outro que está ao nosso lado, mas dentro de cada um de nós. “Temos uma profunda tendência para ver as mudanças que precisamos de efetuar como estando no mundo exterior, não no nosso mundo interior.” (Senge, 1990/1998,
p. 23).
Assim aprender é um processo de crescimento integrado e integrante do indivíduo e das suas vizinhanças. Este processo implica, por parte dos sujeitos, o desenvolvimento de técnicas de aprendizagem “organizacional” agrupadas por Senge em cinco “disciplinas”.
As “disciplinas” são um conjunto de práticas de aprendizagem, através das quais um indivíduo se modifica, adquirindo novas habilidades, conhecimentos, experiências e níveis de consciência de si. “Quando desenvolvidas em conjunto podem ter um impacto