Apostila Dispers Es E Solu Es
DISPERSÕES e
SOLUÇÕES
Prof. Dra. Silvia Carla Haither Goós
1. Dispersões
Uma dispersão consiste num sistema no qual uma substância (disperso) encontra-se disseminada, na forma de pequenas partículas no interior de outra (dispersante) .
Dependendo do tamanho da partícula que constitui o disperso, a dispersão assume características diversas, sendo classificada em três tipos: soluções (ou soluções verdadeira), colóides (ou dispersão coloidal) e suspensões (Figura 1).
Figura 1: Classificação e características das dispersões.
2. Estudo das Soluções
Dentre os sistemas dispersos, as soluções verdadeiras ou simplesmente soluções são extremamente importantes no cotidiano do químico e são as únicas dispersões homogêneas, pois nas atividades mais comuns de laboratório (análises, sínteses, separações, formulação de produtos, etc) o químico trabalha com soluções que, em geral, são aquosas. O disperso é chamado de soluto e o dispersante de solvente.
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2.1. Formação de Soluções
Quando uma solução é formada ocorre uma disseminação espontânea de uma substância no interior de outra, originando um sistema mais entrópico (desorganizado) que as substâncias originais. A força “motriz” para esse processo de mistura é a tendência espontânea para um estado de maior desordem molecular (maior entropia) (Figura 2).
Figura 2: Formação das soluções
Para que ocorra o processo da dissolução é necessário que as partículas do soluto e do solvente apresentem atrações entre si decorrentes de forças de natureza eletrostática. Em geral as forças atrativas dependem do tipo de soluto e solvente.
Assim quando dissolvemos etanol (C2H5–OH) em água, em virtude da presença do grupo
O–H na água e no etanol a força atrativa entre essas moléculas é a Ligação de
Hidrogênio (Figura 3).
Figura 3: Dissolução do álcool em água.
Se a cadeia carbônica aumenta, diminui a polaridade da molécula do álcool e, com isso, a sua solubilidade em água, por concorrência de forças Van Der