Apostila de anatomia pronta
ESCOLA DE BELAS ARTES
DISCIPLINA: CRÍTICA DAS ARTES VISUAIS
PROFESSOR: MARIA ANGÉLICA MELENDI DE BIASIZZO
DATA: 26/10/2010
FICHAMENTO:
FOSTER, Hal. O Retorno do Real. In: Concinntas. n.8. Rio de Janeiro. PPAV/ Instituto de Artes, UERJ, julho de 2005. pp. 162-186.
O realismo e o ilusionismo são motivos de descrença, em maioria, por artistas e críticos da genealogia minimalista da neovanguarda. Sendo assim, a abstração foi colocada em oposição à representação com outros meios. Esta postura cética ao realismo e ao ilusionismo, foi mantida por muitos artistas envolvidos com arte conceitual, crítica institucional, arte corporal, performance, site-specific, arte feminista e de apropriação. Alguns minimalistas como Donald Judd, se arriscaram a afirmar que “viam traços de realismo também na abstração”. Dentro deste contexto, desde os anos sessenta, o “real” vai ganhando novos significados, e de acordo com Hal Foster, “retorno do real” vai tomando forma.
“Mesmo que realismo e ilusionismo tenham significado coisas adicionais nos anos 70 e 80, eles continuaram sendo coisas ruins” (pág.163). Contudo, uma trajetória da arte desde os anos sessenta estava ligada ao realismo, como algo da pop art, a maior parte do super-realismo e algo da arte de apropriação. A pop art complicou as noções redutoras de realismo e ilusionismo propostas pela genealogia minimalista, e igualmente ilumina o trabalho contemporâneo, como afirma Hal Foster.
“Nossos dois modelos básicos de representação são praticamente incapazes de compreender o argumento dessa genealogia pop: de que imagens são ligadas a referentes, a temas iconográficos ou coisas reais do mundo, ou, alternativamente, de que tudo que uma imagem pode fazer é representar outras imagens, de que todas as formas de representação (incluindo o realismo) são códigos auto-referenciais. A maior parte das análises da arte do pós-guerra baseadas na fotografia faz a divisão, de alguma forma, ao