apostila 2
Capítulo 1 – O Meio Natural e as Estruturas de Transportes
As vias naturais foram os primeiros caminhos para os deslocamentos de produtos e pessoas através de longas distâncias. Durante a maior parte da história das civilizações, a superfície líquida dos mares e rios funcionou como fundamento para as redes de transportes. As viagens terrestres eram lentas e inseguras, especialmente em áreas morfologicamente acidentadas ou através de desertos. As aglomerações humanas portuárias beneficiavam-se de vantagens significativas, tornando-se pólos de intercâmbio regional. Esse foi o alicerce geográfico da urbanização precoce da bacia do Mediterrâneo, na Antigüidade, e do sucesso das cidades implantadas junto aos rios navegáveis.
A Revolução Industrial deflagrou uma paralela revolução nos transportes, caracterizada pelo surgimento de novos meios de transportes baseados na máquina a vapor e no uso do carvão. Com isso, as distâncias foram “encurtadas” e os custos de deslocamento desabaram, permitindo a explosão do comércio intercontinental. Já no século XX, o motor de combustão interna e o uso dos derivados de petróleo inauguraram a época dos transportes rodoviários e aéreos.
A revolução nos transportes implicou extensa e profunda intervenção técnica sobre o meio natural, através de obras de engenharia civil. Túneis, viadutos, estradas de ferro, rodovias, portos, foram criados para facilitar o deslocamento de pessoas e mercadorias pelo globo. Uma outra rede, menos visível, é formada pelos oleodutos e gasodutos, em geral subterrâneos.
Atualmente, a paisagem encontra-se profundamente marcada pelas infra-estruturas associadas à circulação material, em especial nas áreas de povoamento denso. As ferrovias necessitam de estações de transferência de embarque de cargas e passageiros. Os transportes por água e ar necessitam de instalações terminais, que são os portos e aeroportos. Nos sistemas de transportes modernos, as diferentes redes estão conectadas por meio