Aposentadoria e educação no brasil
Como o Brasil gasta muito com os idosos, sobram poucos recursos para investimento na educação das crianças, sendo esse um gasto equivocado. "O BRASIL tem carga tributária de Primeiro Mundo e serviços sociais de Terceiro Mundo." Essa frase tem sido dita e repetida por empresários, analistas, políticos, profissionais liberais etc. Não há dúvida de que a carga tributária brasileira, de 38% do PIB, é extremamente elevada. Nesse sentido, a frase está totalmente correta. Para onde vai o dinheiro arrecadado pelo Estado?
O governo brasileiro gasta:
13% do PIB com aposentadorias e pensões,
4,5% com educação e
7,5% com saúde.
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25% do PIB, ou 68% do total de tributos arrecadados.
Se acrescentarmos:
7% do PIB para o pagamento de juros da dívida pública e
4,25% superávit primário (amortização da dívida)
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36,25% do PIB.
Sobra 1,75% do PIB (para chegar em 38%) para investimentos e manutenção dos outros setores (infra-estrutura, segurança, agricultura, ciência e tecnologia etc.). Como esse dinheiro não é suficiente, o governo brasileiro tem déficit anual de aproximadamente 3% do PIB. Portanto para todos os outros setores são destinados 4,75% do PIB a cada ano (o 1,75% que sobrou mais o déficit nominal de 3%).
13 % PARA APOSENTADORIA ESTÁ FORA DO PADRÃO MUNDIAL
Os gastos com aposentadorias e pensões no Brasil estão totalmente fora do padrão. O Brasil tem 6,5% de sua população composta de idosos -pessoas com 65 anos ou mais. Países com essa porcentagem de idosos gastam, em média, 6% de seus respectivos PIBs com tal rubrica. Ou seja, gastamos o dobro da média internacional. Países asiáticos, como a China e a Índia, ou não têm nenhum sistema de previdência social (Índia) ou gastam menos de 2% do PIB com a rubrica (China e Coréia do Sul). Suponha que o Brasil gastasse a média internacional (6%