Apologia de sócrates - resumo
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´´Atenienses, peço que com tolerância a minha linguagem pouco elaborada e verdadeira, verifiquem se o que digo é justo ou não. Pois esse é o mérito do juiz, de um orador, falar a verdade. Acusaram- me de ser um homem que pesquisa sem discrição os céus e a terra, fazendo prevalecer à razão mais fraca e de ensinar aos outros esse comportamento, contudo nada discorro sobre esses assuntos e nada ganhei lecionando. Ganhei essa reputação caluniosa devido à ciência humana, por ter sido considerado pelo oráculo o homem mais sábio. Diante tal afirmação decidi investigar e enfim mostrar ao oráculo que há homens mais sábios do que eu. Portanto fui de encontro aos políticos, aos homens considerados os mais sábios, até por eles mesmos, e os coloquei em exame, expliquei sobre o que supunha ser sábio, mas que não o era. Consequentemente fui sendo odiado por aqueles que foram examinados. Cheguei à conclusão que sou sim mais sábio que alguns supostos sábios, pois sei que nada sei, e não me iludo supondo que sei algo que na verdade não sei.
Após ter encontrado os políticos, segui aos poetas e aos artesãos. Os últimos dois detinham do mesmo erro: por saberem praticar bem sua arte advinda naturalmente, supunham erroneamente saber sobre todos os outros assuntos. Assim prefiro ser como sou sem a sabedoria daqueles e sem sua ignorância. Diante de tais fatos conclui que o oráculo ao dizer que sou o mais sábio, referia-se a eu ter compreendido que a sabedoria que possuo não tem o mínimo valor, e por esse motivo ser o mais sábio. Assim vago questionando e indagando aqueles que supõem serem sábios, mas na verdade não o são.
Meleto denuncia-me dizendo que corrompo os jovens e que não acredito nos deuses que o povo acredita, mas sim em divindades novas. Os jovens que gostam de ouvir o questionamento dos homens, me acompanham e dispersam meu método de perguntas descobrindo que muitos que pensam saber muito, nada sabem; esses quando não sabem mais o que responder e por não afirmar que