Aplicação de estatística nas medições de ultrassom e esclerometria

Reconhecimento do alto poder de violência simbólica da sentença revolucionária em ação de reintegração na posse contra sem-terra

O douto magistrado construiu um sentido e o uniformiza por meio de um alto poder de violência simbólica, visto que, ao fazer o uso competente da língua, o enfoque oferecido ganha credibilidade, por conseqüência, a maioria dos receptores que venham a conhecer a sua interpretação serão visivelmente neutralizados.
O intérprete transparece a sua ideologia por meio do que avalia como relevante em face da diferenciação do homem comum, com outras opções de trabalho e de moradia diante modelo econômico brasileiro, e os “invasores” (aspas conforme a própria sentença), os quais ele considera como “excluídos”, ou seja, apartados até mesmo do amparo estatal.
A aludida relevância, a qual codifica os valores de todos os símbolos em conexão, evidenciou o enfoque adotado, que só possui credibilidade perante os receptores por ter usado a língua de forma competente, ao hierarquizar através dos poderes-autoridade, liderança e reputação.
Esta uniformização do sentido é o arbitrário socialmente prevalecente materializado na sentença, pois, a questão do Movimento dos Sem-Terra é de tal modo polêmica que só um alto poder de violência simbólica poderia conter a variedade e diversidade dos significados decorrentes de interpretações atreladas a conflituosos interesses marcantes na história de nosso país.
O litígio traz consigo um confronto de ideologias revestidas em heterogêneos princípios do passado e do presente. Portanto, a veneranda sentença ,reconhecendo a inegabilidade dos pontos de partida e a proibição do non liquet, buscou uma interpretação preponderante resolvendo o problema de decidibilidade dos conflitos.