Apendicite aguda

Apendicite Aguda – Uma Doença Benigna?

Divisão de Cirurgia Gastrointestinal, Centro de Doença Digestiva Wolfson, Hospital Universitário Nottingham, Centro Médico Real, Nottinhgam, UK.

Introdução: Apendicite é a causa mais comum de abdome agudo e pode afetar todas as faixas etárias. A maioria dos pacientes se recupera rapidamente, mas uma minoria pode sofrer complicações pós-operatórias. Esse relato de caso foi empreendido para avaliar a freqüência dessas complicações.

Pacientes e Métodos: Pacientes adultos (>16 anos) submetidos a apendicectomia de emergência no Hospital Universitário, entre Fevereiro de 2004 e Janeiro de 2005, sendo identificados registros patológicos. Detalhes operatórios, histológicos e complicações pós-operatórias foram notados a partir dos casos.

Resultados: Um total de 199 pacientes com idade média de 31 anos (faixa, 16-89 anos) foi identificado. Desses, 58 (29%) tiveram complicações pós-operatórias. Oito (4%) pacientes foram admitidos na Unidade Cirúrgica de Alta Dependência ou Unidade de Cuidados Intensivos Pós-Operatórios e houve apenas uma morte (0,5%). Re-operação após pós-operatório foi necessária em 9 (4,5%) pacientes e a taxa de readmissão foi de 13% (26 pacientes). Comparações entre pacientes com apendicite comprovada histologicamente (164 pacientes, 82%) e pacientes com apendicectomia negativa (35 pacientes, 18%) não mostraram significativas diferenças na taxa de complicações, tal como definida (43 de 164, 26% versus 15 de 35, 43%; P=0,08). Entretanto, pacientes com histologia positiva tem mais probabilidade de sofrer complicações sépticas (29 de 164, 18% versus 1 de 35, 3%; P = 0,028) e todas as re-operações vem desse grupo. A despeito disso, pacientes com apendicectomia negativa tem mais probabilidade de serem readmitidos (12 de 35, 34% versus 14 de 164, 8.5%; P=0,0002), predominantemente com dor abdominal persistente.

Conclusões: Apendicectomia é associada com uma relevante morbidade. Pacientes com apêndice