AP II
"É comum lermos nas nossas gramáticas que mulher é o feminino de homem. A descrição exata é dizer que o substantivo mulher é sempre feminino, ao passo que outro substantivo, a ele semanticamente relacionado, é sempre do gênero masculino. Na descrição da flexão de gênero em português não há lugar para os chamados "nomes que variam em gênero por heteronímia", como afirmam algumas gramáticas. O que há são substantivos privativamente masculinos, e outros, a eles semanticamente relacionados, privativamente femininos. Tal interpretação, a única objetiva e coerentemente certa, se estende também aos casos em que um sufixo derivacional se restringe a um substantivo em determinado gênero, e outro sufixo, ou a ausência de sufixo, em forma nominal não-derivada, só se aplica ao mesmo substantivo em outro gênero. Assim, imperador se caracteriza, não flexionalmente, pelo sufixo derivacional -dor, e imperatriz, analogamente, pelo sufixo derivacional -triz. " (MATTOSO CÂMARA JR., Joaquim. Estrutura da Língua Portuguesa. 37. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.)
Explique, a partir da leitura desse trecho e com base no conteúdo dessa unidade, por que o autor defende a ideia de que, morfologicamente, "homem" não é masculino de "mulher". E "imperatriz" não é o feminino de "imperador". Cite, pelo menos, mais três exemplos semelhantes ao do autor, utilizando nomes de animais.
Morfologicamente não é possível homem ser o masculino de mulher, pois são nomes, subjuntivos, e são completamente diferentes, por isso chamado de heteronímia, apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão para indicar gênero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra para o masculino. Da mesma forma que: bode - cabra, ovelha– carneiro, e cavalo – égua.
Concluindo que palavras heteronímias não tem sua correspondente de gênero, do ponto de vista gramatical, então homem não tem feminino e mulher não tem masculino. (Só do ponto de vista