Ao mestre com carinho
O texto a seguir compara a célula a um micromundo eficiente e organizado, onde ocorrem as atividades vitais.
Relatos de viagem.
Finalmente conseguimos visitar uma célula. É um pequeno mundo, totalmente cercado por uma fronteira bem controlada, que regula tudo o que entra e o que sai. O acesso pode ser feito por diferentes tipos de portão. Alguns são como as portas giratórias de lojas ou bancos, que permitem atravessar a fronteira em um piscar de olhos; em outros, um funcionário da alfândega de lá nos agarra e nos empurra para dentro (ou para fora, se já estivermos lá dentro), mesmo que não queiramos.
Há um incrível trânsito de matéria -prima e de energia nas fronteiras dessa cidadela, pois sua vida depende totalmente de produtos importados. É verdade, também, que há alguns produtos internos que são exportados e, segundo se diz, são muito requisitados no exterior. O lugar é organizado, como já tínhamos ouvido dizer. Há túneis e canais que levam a todas as partes, ga rantindo um trânsito rápido e fácil. Além disso, esses canais estão diretamente ligados às fábricas, nas quais são produzidas matérias-primas necessárias ao dia-a -dia e também produtos para exportação; estes são levados a centros de armazenamento e de esto cagem, onde ficam até a hora de ser exportados.
Há encarregados de limpeza e de consertos, que eliminam os resíduos e mantêm tudo limpo e em perfeito funcionamento. Mas o que chama mesmo a atenção são as usinas de produção de energia. Perguntando por que havia tantas, soube que aqui se adota um modelo “ descentralizado”: em vez de uma única usina grande, há dezenas ou centenas de pequenas usinas, distribuídas por toda a parte. A energia da matéria-prima que chega a uma usina é extraída e convertida em pequenos pacotes energéticos, com um
rótulo onde se lê: “ATP”. Usa -se ATP em todos os lugares, como uma espécie de “ moeda energética” local, com a qual se faz qualquer coisa.
Dizem que o mais