Análise
“Taxi Driver” é, por unanimidade, considerado um dos melhores filmes americanos, e está em listas como a do American Film Institute, tendo sua vaga guardada ao lado de outros clássicos como “Citizen Kane”, “The Godfather” e “Casablanca”, por exemplo. Suas críticas ásperas, realismo chocante, fotografia crua, e performances fortes fazem desse longa-metragem um ensaio sobre a vida contemporânea.
Os anos de 1970 amargaram o efeito colateral daquela juventude sedenta por liberdade que foi constantemente marginalizada pela sociedade conservadora dos Estados Unidos na década passada. Aqueles sonhos de paz e amor acabaram dando lugar a uma era obscura de violência, caos e solidão. Uma visão que modificou não somente o modo de vida das pessoas, como também as artes.
A vida urbana parecia estar acelerando, as horas diminuindo, e as metrópoles aumentando. Logo perceberam que as grandes cidades poderiam render cada vez mais experiências novas (boas ou más), para qualquer um. Desde os muitos carros presos no trânsito, os mendigos, as prostitutas, imigrantes ilegais, até aqueles que apenas seguem sua vida rotineiramente. A cidade é um organismo vivo e nos guarda surpresas. Tudo tem, e pode contar muito sobre si mesmo. Martin Scorsese conseguiu transmitir com um realismo impressionante a solidão e o deslocamento das pessoas no submundo urbano. A fotografia é escura, mesmo durante o dia.
Travis (Robert De Niro), um jovem de 26 anos que sofre