Análise e Compreensão do texto Mal- estar da Civilização
Para os dois primeiros elementos, a explicação é de que: “nunca dominaremos completamente a natureza e o nosso organismo corporal, ele mesmo parte desta natureza, permanecerá como uma estrutura passageira, com limitada capacidade de adaptação e realização”. (p. 43). Sua atenção está voltada para o terceiro problema, “não a admitamos de modo algum; – e continua - não podemos perceber porque os regulamentos estabelecidos por nós mesmo não representam, ao contrário, proteção e benefício para cada um de nós” (p.43). Este é um dos principais desafios que o autor coloca. Para o autor, o processo civilizatório retira-nos do estado de natureza (estado que buscamos satisfazer no momento imediato às nossas necessidades, estado de dependência ) e nos faz ingressar no mundo da cultura, afirmando que a natureza não age de forma benevolente para com o ser humano, produzindo seca, enchente, catástrofes. A acolhida e o aconchego para o ser humano só é possível através do desenvolvimento civilizatório, conseguindo assim que a natureza se subordine as suas vantagens, fornecendo alimentos, territórios propícios à moradia e etc.
Diferente da arqueológica que busca identificar momentos históricos, no processo civilizatório, ou melhor, a mente humana funciona de forma diferente, o que existiu, não deixará de existir, os códigos são acumulados, encontram-se estocados, permanecem de forma latente e podem emergir em algum momento. As repressões direcionam os desejos para viver em sociedade. Diante