Análise e comparação de um quadro impressionista e um quadro realista
2009.1
Análise e comparação de um quadro impressionista e um quadro realista
Quadro realista escolhido: ”Moças a margem do Sena” ; Verão (1857) por Gustave Courbet
Courbet acreditava que a força da pintura reside na pintura em si e não no objeto e para tornar isso possível ele não dramatizava nem idealizava, apenas pintava a realidade.Courbet queria viver a realidade como ela é, nem bela nem feia e para isso se desfaz de todos os esquemas, preconceitos convenções e tendências de gosto. Mas mesmo para representar a realidade, o quadro tem uma construção complexa e nova, aonde o horizonte é alto e quase não há céu e o que deveria ser fundo e dar espaço e ar à composição está preso pela densa camada de árvores. Courbet quer representar a atmosfera pesada através da sensualidade da vida das pessoas e das coisas. Nesse quadro, por exemplo, no gramado florido, as duas moças são vistas como flores enormes, carnosas e desabrochadas demais. Neste quadro existe a falta de um eixo que oriente a visão, um centro, fazendo com que o olhar se desloque de um ponto para o outro sendo guiado pelas cores vibrantes. O horizonte é procurado no pequeno trecho de céu mas é interceptado pelo galho que desponta sobre o azul do céu. Courbet tenta adivinhar as formas e a disposição das figuras e divaga pelo amontoado confuso e luminoso dos tecidos. Dirige-se aos rostos e é remetido para o vermelho-vivo da bolsa no lado direito do quadro.Acreditava que tudo tem a mesma importância, ou importância alguma: não há razão para dar significado diferente do das arvores, da grama, das flores e do bote amarrado. Apesar disso, a escala de cores se limita a poucos tons dominantes. O quadro não representa um episódio ou uma anedota, mas a realidade, onde a paisagem não pretende representar a natureza, mas um lugar qualquer. As figuras são como meras presenças físicas, sem intenção de interpretar seus sentimentos. De acordo com Courbet a realidade é