Análise vertical e horizontal
O Ativo Total da empresa cresceu 107% de 31/12/2008 a 31/12/2010 em termos reais. Esse crescimento deveu-se principalmente ao Ativo Não Circulante que teve expansão de 255%. Já o Ativo Circulante apresentou crescimento de apenas 50%. Dessa forma, alterou-se a estrutura de ativo da empresa. Em 2008, 72% dos recursos achavam-se investidos no Ativo Circulante, percentual esse que caiu para 52% em 2010.
Esse crescimento foi financiado basicamente por Capitais de Terceiros de Longo Prazo que passaram, em 2008, de 12% do Passivo Total para 36%, em 2010, constituindo-se no principal grupo de financiamento neste último ano. O patrimônio Líquido, que fornecia 39% dos recursos em 2008, caiu 30% em 2010, enquanto o Passivo Circulante caiu nesse mesmo período de 49% para 35%. Tendo o Passivo Circulante crescido menos que o Ativo Circulante, a empresa financiou parte deste último com Exigível a Longo Prazo (o que, diga-se de passagem, é correto). Os capitais de terceiros tiveram crescimento superior ao do Ativo – ou seja 141% contra 107% do Ativo – em virtude do terreno cedido pelo Patrimônio Líquido. Outro aspecto que se destaca é a alteração havida em Fornecedores. Essa era a principal fonte de recursos da empresa, em 2008, representando 26% do Passivo. Nesse ano, Fornecedores financiavam quase totalmente os Estoques. Em 2010 o percentual de Fornecedores sobre o Passivo Total caiu para 12%, cobrindo apenas metade dos estoques mantidos pela empresa. Essa alteração é desfavorável, pois, normalmente, Fornecedores representam uma fonte estável de recursos e frequentemente mais barata. A empresa substituiu-a em boa parte por financiamentos bancários que representam uma fonte de risco maior devido a incerteza da renovação. Em resumo, a empresa investiu maciçamente no Ativo Não Circulante, fez ainda algum investimento no Ativo Circulante, financiou a maior parte dessa expansão com Capitais de Terceiros e aumentou o risco global. A