Economia
Coordenador do Curso de Administração
Faculdade Anglo-Americano
Caro leitor, vamos, agora, a uma pequena aula de história econômica.
Pois bem, é sabido que a Revolução Industrial começou na Inglaterra no século XVIII, de onde se difundiu desigualmente para os países da Europa Continental e para algumas áreas de além-mar. No intervalo de duas gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com os outros povos do mundo. Até então, os avanços do comércio e da indústria, por mais satisfatórios e impressionantes que fossem, tinham sido essencialmente superficiais: mais riqueza, mais mercadorias, cidades prósperas, nababos mercantis. O mundo havia assistido a outros períodos de prosperidade industrial – na Itália medieval e em Flandres, por exemplo – mas vira a fronteira do novo avanço econômico retroceder em cada um desses casos; inexistindo mudanças qualitativas e melhorias na produtividade não podia haver garantia de que os lucros meramente quantitativos se consolidassem. Foi a Revolução Industrial que deu início a um avanço cumulativo e auto-sustentado da tecnologia, cujas repercussões se fariam sentir em todos os aspectos da vida econômica. Esses avanços materiais provocaram e promoveram um grande complexo de mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais, que influenciaram reciprocamente a velocidade e o curso do desenvolvimento tecnológico.
A industrialização, por seu turno, está no coração de um processo maior e mais complexo, muitas vezes designado como modernização. Ela abrange avanços como a urbanização; a redução acentuada das taxas de mortalidade e natalidade; o estabelecimento de uma burocracia governamental eficaz e bastante centralizada; a criação de um sistema educacional capaz de formar e socializar as crianças e adultos (no qual o Anglo é um de seus resultados. Será que era pensável, há duas décadas passadas, a existência, em Foz do Iguaçu, por exemplo,