Análise: uma didática para a pedagogia histórico - crítica
Já no início de sua obra, o autor define as questões que encaminharam a construção do trabalho: qual a finalidade social dos conteúdos escolares? A escola tem acompanhado as transformações promovidas pela sociedade? Ela responde às necessidades sociais da atualidade? O que hoje a escola faz e para quê?
Atualmente, a educação reproduz a sociedade capitalista, ou como diz Durkheim a escola é uma sociedade em miniatura, desta forma, a educação não prioriza métodos como o de Gasparin, tendo uma pedagogia histórico-crítica, onde o professor, através da intencionalidade, da prática social de seus alunos e da práxis, busca desenvolver um ser ontológico, mas quer sujeitos alienados, ao qual, sigam este modelo de sociedade e educação sem reivindicar pelos seus direitos individuais e coletivos.
A nova metodologia de ensino-aprendizagem, norteada pela pedagogia histórico-crítica, procede da teoria dialética do conhecimento. Sua construção dá-se no movimento dinâmico entre o conhecimento empírico (visão caótica do todo) e o conhecimento científico (proporcionado pelo ambiente escolar). Este fazer pedagógico não envolve apenas a esfera escolar, sua intencionalidade ultrapassa eminentemente a técnica, abrangendo um cunho sociopolítico revolucionário para toda a sociedade.
O autor define esta teoria dialética do conhecimento em três palavras chaves: prática – teoria – prática, ou seja, a partir da prática social, questionar e analisar a ação cotidiana, buscando conhecimento teórico do que aconteceu, o que tornar-se-á um guia para a nova ação/transformação. Gasparin propõe