pedagogia
Leonardo Dirceu de Azambuja - UNIJUÍ
Resumo: Construir a ruptura das práticas escolares conteudistas pelo desenvolvimento de um currículo escolar integrado e interdisciplinar é um desafio atual. Os processos didáticos fundamentados na Pedagogia do Oprimido
(Freire) e/ou na Pedagogia Histórico-Crítica (Saviani) são possibilidades correntes nessa construção. Este texto não só apresenta estas proposições pedagógicas e explicita as diferenças entre essas concepções, mas também destaca as aproximações de método e de objetivos nelas identificadas. Além disso, é reafirmada a sala de aula como o lugar de superação dessas diferenças e de construção, por esse caminho, de uma educação escolar libertadora, contextualizada, politizada (não neutra), sendo uma ferramenta para mediar relações sociais, considerando aspectos sócio-históricos de dentro e de fora da escola. Propõe-se um processo de ensinoaprendizagem por meio do que agora se conhece como “metodologias cooperativas” (projeto de trabalho, unidade temática, estudo do meio e situação de estudo) como formas de concretização desta prática escolar.
Palavras chave: educação; pedagogias libertadoras; metodologia de ensino.
Introdução
O acesso as informações e ao conhecimento constitui-se em necessidade básica das pessoas no contexto da sociedade urbano-industrial ou pós-industrial. A escola é a instituição social capacitada para oportunizar esse direito social. Realizar esse trabalho formativo de apropriação recriada do saber científico constitui a centralidade da instituição escolar. A educação libertadora precisa assumir essa qualidade, ou seja, oportunizar para as pessoas o acesso às ferramentas culturais e científicas da humanidade. A libertação, segundo Snyders
(1988), está na superação da ignorância, do senso comum, da cultura primeira. Desenvolver a capacidade de leitura do mundo pela mediação conceitual das áreas