Análise - Rota 66
ENSINO MÉDIO
1ºANO
PROJETO
O ESTADO E A VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL
ORIENTADOR: MARCELO DANTAS
FICHAMENTO
“ROTA 66 – A HISTÓRIA DA POLÍCIA QUE MATA”
CACO BARCELOS
PEDRO POLTRONIERI F. G. DO NASCIMENTO
SÃO PAULO,
2013
RESENHA LIVRO
Ao ler o livro de Caco Barcelos, “Rota 66”, pude concluir que este exímio jornalista teve em seu livro como objetivo “conhecer o perfil das vítimas e as circunstâncias em que elas são mortas pela Polícia Militar” (BARCELLOS, 2003 p.87), assim como eu, que escolhi por objetivo o mesmo em meu artigo.
Entretanto, o livro não se resume a ser um mero “transmissor de informações”. Já que Caco põe em pauta uma série de questões que não estão explícitas. Questões estas que são mantidas em sigilo pelas autoridades do Comando da PM.
O autor também abre espaço para debater a respeito da desmilitarização da polícia de São Paulo (extremamente atual). Pois, essa fora criada pela Ditadura. Uma polícia que mata e depois pergunta. Que assassina inocentes, que trabalham, e com características bastante perseguidas: em sua maioria, são negras ou pardas. Morrem simplesmente por que a polícia desconfia de sua honestidade.
Outro fato extremamente atual em sua obra é a rotineira alteração e não preservação da cena do crime, por parte dos Policiais Militares, visando incriminar inocentes, e se inocentarem. Além de levarem os cadáveres dos assassinados, para o hospital, e não ao Instituto Médico Legal para perícia, desta forma os policiais depunham alegando que o indivíduo em questão havia chegado ao hospital com vida. Hoje por exemplo por decisão do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, a Polícia Militar de São Paulo não pode socorrer vítimas de violência. Visando reservar os locais dos crimes e garantir o atendimento adequado aos feridos. Estes podendo ser socorridos somente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Outro episódio que vem a se repetir