Sexo Caseiro
Sumário
Apresentação
7
Primeira Parte - Rota 66
1 A Perseguição
2 Doutor Barriga
3 Reservada aos Heróis
4 0 Futebol
5 Quero Ser Primavera
6 "Não Atirem!"
7 A Armação
8 0 Pior do Passado
9 0 Julgamento
9
11
19
25
37
43
49
. ............... 59
67
77
Segunda Parte - Os Matadores
10 Crime sem Castigo
11 0 Rei da Pontaria
12 Hospital: Esconderijo de Cadáver
13 Matador de Inocentes
14 0 Campeão dos Matadores
15 Os Desaparecidos
16 Matador Modelo
Terceira Parte - Os Inocentes
17 A Polícia Fala Mais Alto
18 Deputado Matador
19 "Mataram um Amigo Seu"
20 Pixote, Como no Cinema
21 "Pelo Amor de Deus, Não me Mate!"
22 0 Bêbado
23 Radiografia
5
93
95
7 ,)7
17
1.55
147
163
175
189
191
203
221
227
235
245
257
Apresentação
Caco Barcellos é um jornalista que tem lado.
Aliás, lado que ele, desde o começo da carreira, no Rio Grande do Sul, nunca escondeu. Um lado que continua o mesmo o dos mais fracos, o das vítimas. Ele não está sozinho neste lado do jornalismo. Caco segue o exemplo de gente daqui e de fora, que não se aquece na própria vaidade nem proclama uma visão cínica de mundo, quase sempre um horizonte que não vai além do próprio umbigo. Lendo o livro do Caco, me vem à lembrança um jornalista, Donald Wood, e o livro dele, Biko, escrito em homenagem ao líder estudantil negro Stephen Biko, torturado e morto pela polícia política da África do Sul. Aliás, o livro de Wood começa onde termina o livro do Caco - uma relação de pessoas torturadas, assassinadas, e versão oficial para justificar as mortes. Versões que variam pouco: tentativa de fuga, resistência a prisão, suicídio...
Os jornalistas que escolhem ter lado, não importa onde estejam, acabam tendo comportamentos muito parecidos: sofrem as mesmas pressões, lutam pelos mesmos princípios.
Este lado que jornalistas como Donald Wood e Caco Barcellos escolheram não é confortável. É lugar para ser ocupado por