Análise lucíola
Lucíola é uma obra do escritor José de Alencar, publicada no ano de 1862, que gira em torno do romance de Paulo e Lúcia. A obra se passa no século XIX, na cidade do Rio de Janeiro, que na época era a cede da corte portuguesa. Logo, José de Alencar busca como espaço para sua obra uma cidade caracterizada pela multiplicidade de costumes e características, para elaborar uma obra de caráter urbanista. Como tal, o autor se preocupa em apresentar e criticar a sociedade da época, assim como os seus costumes e valores. Como já mencionado, a obra se desenrola em torno de dois personagens principais: Lúcia ou Maria da Glória é uma cortesã da cidade do Rio de Janeiro, que detêm de um luxo e uma nobreza proveniente de seu trabalho condenado pela sociedade. Lúcia é caracterizada no contraste do sagrado e do profano, sendo que o autor se ocupa em definir dois momentos distintos da vida da personagem. Em primeiro momento, Lúcia é apresentada como uma mulher bela e sedutora, possuidora de um caráter duvidoso. A esta o autor dá o nome de Lúcia e por vezes Lúcifer (anjo caído). Em segundo momento, a protagonista é apresentada, pelo autor, como Maria da Glória. A esta o autor atribui ingenuidade e um caráter nobre. Paulo Silva é apresentado pelo autor como um pernambucano recém chegado à cidade do Rio de Janeiro, que detêm de um caráter honroso, além de ingenuidade e leve timidez. Paulo é responsável por converter a luxúria de Lúcia no amor sincero e santificado, vivido por ele e Maria da Glória. Neste trabalho, portanto, nós iremos desenvolver uma breve análise sobre a sociedade e como que relaciona-se o amor nesta obra.
Cap. 1 – A sociedade em “Lucíola” * Representação e crítica dos costumes
Nas obras de José de Alencar, especificamente nos de cunho romance urbano, há a preocupação em ilustrar e criticar detalhadamente os comportamentos de uma classe social: a