Resenha psicose e mudança
“Responder a crise: Um impasse ou uma abertura na psiquiatria”
O texto trazendo dados históricos das formas de intervenções nas situações de crise, do portador de transtorno metal grave, e que as crises não significam necessariamente oportunidade de mudança, havendo uma tendência a repetição, e o risco que corremos de cair em praticas neo-asilares, rígidas de caráter alienante, com processos hospitalocentricos, e manicomiais. E que hoje devemos estar atentos e repensar a noção de psicose e conseqüentemente reorganizar os modos de resposta a serem dados representa, uma prioridade para a psiquiatria atual.
Depois os autores discorrem sobre as formas de intervenção de crise, na historia da psiquiatria contemporânea, trazendo varias teorias referente a crise, como a de Caplan, trazendo mudança nas formas de entender a crise e uma renovação nos modos de tratar.
Coloca-se ainda a questão referente à intervenção de crise, mas também o tratamento de longa duração. O texto apresenta ainda alguns estudos, dentre eles um que aponta que as intervenções com família trazem uma melhora significativa no tratamento, mas de modo geral o autor traz a preocupação, que o tratamento oferecido pode vir a ser apenas uma estratégia de substituição do hospital psiquiátrico, organizada com a preocupação de adaptar os dispositivos de tratamento as novas condições de trabalho clinico criada pelo processo de desistitucionalização podendo assim intervenção de crise, ser apenas para controlar a gravidade sintomática.
Os autores apresentam a posição de Scott, que é próxima da posição adotada por ele, de que é importante dar uma orientação preventiva ao trabalho de crise e centrar a intervenção na problemática intrapsiquica e na dinâmica das relações interpessoais. Scott considera como “barreiras ao tratamento”, outro ponto importante apresentado seria a relação entre intervenção de crise e encaminhamento para psicoterapia.
O