Psicanálise
O principal “agente” das entidades clínicas da psicose é a foraclusão do Nome-do-Pai no campo do Outro, este se torna excluído das relações do psicótico, que conhece apenas o pequeno outro. A presente resenha então focará nos aspectos dessa foraclusão: o que é? Como a sociedade reage a respeito? Quais são as pessoas atingidas pelas manifestações psicóticas de uma pessoa?
O autor responderá tais perguntas analisando primeiramente o contexto histórico tanto da psicanálise quanto da psiquiatria. Esta, que trabalha com os fenômenos mentais e aquela que foca na estrutura na qual se desenvolvem esses fenômenos. Freud não negou a psiquiatria, ao contrário, por sua formação médica, ele utilizou de todas as terminologias da psiquiatria e, ainda hoje, são utilizadas na psicanálise moderna.
Entretanto, a psiquiatria mudou. Nos dias atuais foca-se apenas numa padronização universal das patologias que estuda e em descobrir quais os medicamentos podem curar determinadas doenças: é dito que algumas doenças são feitas para certos medicamentos. Assim, a retirada de certas entidades dos manuais psiquiátricos como o DSM (Manual de Doenças Mentais da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e o CID (Classificação Internacional das Doenças) como a histeria acabaram por tornar o doente um padrão igual em qualquer parte do mundo e não a doença.
Então, fundar uma prática que prioriza apenas o diagnóstico estatístico relativos a transtornos é o mesmo que afirmar que a clínica está obsoleta e deve ser abandonada, tornando-se meramente um consultório médico para diagnose rápida a partir de sintomas, sem analisar a estrutura.
É de primordial importância restituir o tratamento psiquiátrico baseado na clínica, pois só lá a estrutura mental na qual os sintomas aparecem – estes servindo apenas como base de investigação e não como finalidade do tratamento – e que podem