Análise - Livro "Por uma arquitetura" e Filme "Meu Tio"
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Em seu livro, Por uma arquitetura, Le Corbusier deixa visível a sua preocupação com o futuro da arquitetura, fazendo uma forte crítica ao que vinha sendo construído pelos arquitetos da época e defendendo incansavelmente o surgimento de uma nova arquitetura. Segundo Le Corbusier, muitos arquitetos vinham se preocupando com a estética de seus projetos e deixando em segundo plano o fim para a qual as construções se destinavam. A arquitetura deveria ser baseada nas necessidades humanas, era preciso surgir uma nova arquitetura, pura, limpa e acima de tudo funcional. Os estilos passados deveriam ser esquecidos, pois uma nova época começava, era a época da produção industrial, e assim como os empresarios industriais, os arquitetos também deveriam construir máquinas, porém, "máquinas de morar", como eram chamadas as casas por Le Corbusier. Ao comparar a arquitetura com transatlânticos, aviões e carros, é evidente sua opinião sobre funcionalismo, já que tais construções são elementos que atendem plenamente à sua função, sendo ainda exemplos de modernidades e industrialização, algo que faltava às construções que por ele eram criticadas. Ao contrário do livro que defende a modernização, o filme Meu Tio de Jacques Tati, vem fazer uma crítica à modernidade, principalmente à modernidade tecnológica, já que o ambiente familiar demonstrado no filme é totalmente mecanizado, mostrando a interferência das inovações tecnológicas no cotidiano das pessoas. Apesar de a casa do filme poder ser chamada de uma máquina, devido à tantos meios industriais e modernos instalados e por isso mesmo ser criticada, não seria correto dizer que o filme e o livro são totalmente contrários, já que existe um excesso de modernidade e industrialização, algo além do que Le Cosbusier tinha em vista como sendo uma arquitetura saudável.