ANÁLISE HISTÓRICA DAS PROFISSIONAIS DO SEXO E DA PROSTITUIÇÃO.
É uma tarefa árdua datar precisamente o surgimento das trabalhadoras do sexo no mundo e consequentemente da prostituição, no entanto, a fim de traçar a linha histórica desta antiga profissão, há de se observar o comportamento humano desde a antiguidade, analisando a evolução da profissão ao longo dos séculos.
Bom, todos sabem que a prostituição é popularmente conhecida como profissão “mais antiga do mundo”. E, desde que o mundo é dito civilizado, sempre houve prostitutas (trabalhadoras do sexo) pobres e de elite. O que muitos não sabem a respeito dessa conhecida profissão é que nem sempre a mesma foi vista como é atualmente. As meretrizes já foram admiradas pela inteligência e cultura e também já foram associadas a deusas, onde ter relações sexuais com as mesmas era imprescindível para ganhar poder e respeito.
Nas sociedades antigas, as “trabalhadoras do sexo” tinham relações sexuais com os sacerdotes, inclusive dentro dos templos, como maneira de adorar a um deus ou deusa. Nesse período as mulheres se entregavam sexualmente sem qualquer pudor e eram louvadas pelos homens. Podemos dizer que as trabalhadoras do sexo “surgiram incorporado a um sistema religioso matriarcal e, por conseguinte, não fez separação entre sexualidade e espiritualidade”.
Foram registrados por volta do século VI a.C, em Atenas, os primeiros relatos da divisão entre mulheres-esposas e mulheres-prostitutas, pelo fato de nesta mesma época ter sido imposto as mulheres o casamento, submetendo-as a um único parceiro. Relatam alguns que a partir desta divisão que houve o real surgimento das “trabalhadoras do sexo”, isto porque a atividade da mercancia sexual, anteriormente não era tida como imoral.
Vale registrar que esta divisão das mulheres suscitou na cobrança por parte do Estado ateniense sobre grande parte dos rendimentos obtidos nos templos pelas trabalhadoras do sexo, o que consequentemente gerou a saída das mesmas dos