Análise - Fernando Novaes
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de História
Brasil Colônia
Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808):
Análise
Discente: Isabela Cabral de Melo
Docente: Dr.ª Ana Maria
Recife
2014
1. “Absolutismo, sociedade estamental, capitalismo comercial, política mercantilista, expansão ultramarina e colonial são, portanto, partes de um todo, interagem reversivamente neste complexo que se poderia chamar, mantendo um termo da tradição, Antigo Regime.” As diretrizes que constituem o chamado Antigo Regime foram construídas pouco a pouco junto com o desmantelamento do sistema feudal. O absolutismo entra em cena quando os senhores feudais e a Igreja não conseguem mais controlar o avanço do comércio e as mudanças que ele provoca tanto no âmbito econômico quanto social. Com ele nasce uma nova classe social, a burguesia, que demandava, entre outras coisas, leis que assegurassem um comércio mais amplo e maior segurança para suas transações. E para tanto, os reis vão assumir um papel de destaque nesse processo, em troca de capital para financiar suas próprias empreitadas. Para abarcar as necessidades burguesas e adquirir capital para a expansão comercial fez-se necessária uma política econômica diferenciada. Pôs-se em prática então, o mercantilismo. Essa doutrina preconizava a balança comercial positiva e o acúmulo de riquezas. Além do protecionismo aos produtos e mercadorias nacionais. E é nesse contexto mercantil que entra a expansão ultramarina e colonial, pois se fazia necessária a conquista de novos mercados e colônias para prover matéria-prima, constituir retaguarda econômica e garantir a autossuficiência metropolitana. Portanto, torna-se evidente que essas práticas são parte de um conjunto, interagindo entre si e dependendo umas das outras. Pois, a burguesia queria ampliar sua área de atuação, impulsionando a expansão do capitalismo comercial. E