Análise dos gêneros literários no poema de olavo bilac, o caçador de esmeraldas

Análise dos gêneros e traços estilísticos presentes no poema “O caçador de esmeraldas”

A partir dos estudos realizados a cerca de gêneros e traços literários, percebe-se que não há textos de um gênero exclusivo, puramente lírico, puramente épico ou puramente dramático. O que há na realidade é a mistura desses gêneros. Pode prevalecer um gênero, que teria uma função substantiva, e apresentar traços estilísticos característicos de outros gêneros, que agiriam como adjetivos.
Segundo Rosenfeld, em “O teatro épico”, a teoria dos três gêneros, (épico, lírico e dramático), é, até certo ponto, artificial. Estabelece um esquema que nem sempre corresponde a realidade. Além disso, ela não deve ser entendida como um sistema de normas a que os autores teriam de ajustar a sua atividade a fim de produzirem obras líricas puras, obras épicas puras ou obras dramáticas puras. A pureza em matéria de literatura não é necessariamente um valor positivo. Além disso, não existe pureza de gêneros em sentido absoluto.
Rosenfeld afirma, porém, que a separação desses gêneros é importante para manter uma ordem, e também porque a maneira em que é manifestado o mundo imaginário pressupõe certa atitude em face deste mundo ou o contrário, ou seja, depende sempre da maneira em que o autor quer apresentar o que está sendo escrito. Dessa forma, apresenta algumas características do significado substantivo dos gêneros, aquele que se manifesta na maior parte do texto, e do significado adjetivo, que seriam alguns traços estilísticos que caracterizam o gênero maior. Assim, um texto pode ser Lírico (substantivo) dramático (adjetivo), por exemplo.
Apresenta o gênero Lírico, que é mais subjetivo, como todo aquele poema de extensão menor, onde por não narrar fatos; não se cristaliza personagens nítidos, apenas uma voz central (eu lírico), que exprime o estado da alma. É uma manifestação imediata de uma emoção ou sentimento, utiliza sempre o presente dos verbos para representar “eternidade”, e por isso