ANÁLISE: DOCUMENTÁRIO ESTAMIRA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CAMPUS III
PEDAGOGIA E LICENCIATURA PLENA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL
RICHELY ARAUJO
ANÁLISE: DOCUMENTÁRIO ESTAMIRA
Após assistir ao documentário Estamira, pude observar que a mesma levou uma vida normal até o momento em que sofreu seu segundo estupro, na qual foi o possível fator desencadeante do quadro de esquizofrenia, onde no final do filme fica confirmado quando ela lê a receita medica na qual esta diagnosticada com um quadro psicótico de evolução crônica, alucinações auditivas e idéias de influencias. Lembrando que Psicótico é um termo utilizado para designar doenças, em que a pessoa perde o contato com a realidade, como por exemplo, a esquizofrenia, paranóia, alucinações, psicoses, entre outras. É como se tivesse sido à gota d’água para que Estamira desacreditasse em Deus e na vida que vivia antes, já que antes de sofrer tal violência ela era muito religiosa. Seus delírios, frutos do distúrbio nada mais é que a maneira como seu eu interior encontrou para transportar o insuportável mundo real para um “lugar” só seu e inacessível.
Objetivando correlacionar os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia com os sintomas apresentados no filme, percebi a quase ausência dos sintomas negativos. Ela lidava bem com a família, os amigos, os colegas de trabalho, nem havia nenhum sinal de empobrecimento de linguagem e pensamento, ao contrário, Estamira mostrava-se inteligente e falava muito bem. Não havia também diminuição da fluência verbal, da volição e nem lentificação psicomotora. Percebi em Estamira uma certa afetividade. Ela poderia ser daquele jeito com as pessoas a vida toda e em momento algum alguém relata que depois da esquizofrenia ela tenha ficado menos afetuosa. Há uma cena, com flash em preto e branco e sua voz em off que Estamira diz “Visivelmente, naturalmente se eu me desencarnar e eu tenho a impressão que serei muito feliz e talvez eu poderia ajudar