Análise Doce Medo
(Autora do conto Lya Luft)
O texto a partir da minha leitura se tornou um pouco vago, me fiz perguntas sobre ele das quais não encontrei respostas concretas, portanto tirei algumas conclusões a partir da minha imaginação e de trechos dos quais me davam mais amplo entendimento.
Percebi ao decorrer do conto apresentado que se tratava de um personagem falando sobre o seu criador, não só da maneira como ele o cria, mas também como ele se sente perante isso.
O tal personagem coloca Altéria como uma inventora de histórias, talvez até mesmo uma escritora, quem lhe deu a vida, mas não fala apenas sobre sí, conta também sobre outras criações, quase como se fossem irmãos ou até mesmo um só.
Acredito eu que toda essa reviravolta de personagem e criador se passa tudo na cabeça de Altéria, apesar de seu personagem falar nela como terceira pessoa, ele é fruto da sua imaginação, logo faz parte de seus pensamentos.
Outro item interessante que percebi foi quem ele não é apenas um personagem de Altéria, além de ser um narrador-personagem pode ser apenas um narrador. Na sua história ele conta a história de duas pessoas, homem e mulher já banalizados pelo cotidiano que recebem um “impulso” para reacreditar na vida e na sua real importância, eles acabam se encontrando mas escolhem não ficar juntos na espera de um dia se reencontrarem, ao mesmo tempo é como se fosse mais uma das histórias contadas a ele.
Não há uma descrição de como ele aparenta ser. “Ele” não tem um sexo, uma altura definida, a cor de cabelo, um jeito ou um traço, “ele” pode ser qualquer coisa, mas “ele” é qualquer coisa com uma mente atolada de ideias e questionamentos, ele se prende a Altéria como sua única certeza, a certeza de que ele vem dela e só ela pode lhe dar um rumo diferente, nem ele mesmo sabe seus jeitos e trejeitos, pois ele é o que ela desejar que ele seja. Simplesmente é a criação, a imaginação, o sonho, o tudo ou o nada da cabeça de Altéria
“Mas é preciso, ao