Análise do texto intitulado “a subjetividade na
A linguagem está geneticamente configurada no ser humano, constituindo um instinto do homem, o qual tem a capacidade de desenvolve-la, sendo portanto da sua natureza, o que o torna diferente dos outros animais. É através da linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito e se faz um ser social.
A linguagem constitui um meio eficaz de comunicação, mas não um instrumento para comunicação, porque o homem não a fabricou, nem a inventou. Ela é natural e é por ela que o homem se forma como sujeito. A linguagem presta-se à informação dos pensamentos, das intenções e das idéias do “eu” para o outro. Para haver a comunicação, tem de haver o sujeito que a transmite e a pessoa que a recebe. O “eu” tem que dirigir-se ao “tu”, a outra pessoa, a alguém. O sujeito para falar de sua prática precisa do outro. É com o outro que ele compartilha o dizer.
Nesse contexto, pode-se afirmar então que a subjetividade é a capacidade do locutor se propor como sujeito diante do outro. Define-se como “unidade psíquica que transcende a totalidade das experiências vividas que reúne e que assegura a permanência da consciência”. Toda língua tem que ter a expressão da pessoa. Os pronomes pessoais são ponto de apoio para a revelação da subjetividade na linguagem. Os pronomes “eu” e “tu” são pessoais, e um não existe sem o outro, devendo ser tomados como formas de figuras lingüísticas que indicam reciprocidade e complemento, porque um depende do outro. O “Eu” se refere a ato de discurso no qual é pronunciado e designa o locutor; o “tu” é ouvinte, mas se apresenta também como “eu”, numa relação de reciprocidade e de complementação.
Na instância do discurso o “eu” designa o locutor o qual se enuncia como sujeito. A linguagem propõe formas das quais cada locutor em exercício do