Análise do soneto Convite a Marília
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BOCAGE, Manuel Maria de Barbosa lHedois du, (Setbal, 15 de Setembro de 1765 Lisboa, 21 de Dezembro de 1805), o escritor do soneto Convite a Marlia foi um poeta portugus. Possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora cone deste movimento literrio, uma figura inserida num perodo de transio do estilo clssico para o estilo romntico, que ter forte presena na literatura portuguesa do sculo XIX. O poema em questo diz respeito ao seu perodo rcade ou neoclssico. Dentre alguns termos desconhecidos, destacam-se a) agreste rude, indelicado b) prado campo coberto de plantas forraginosas (que produzem forragem, forram) c) bonina margarida dos campos d) adejar voejar esvoaar pairar e) lograr gozar a posse de, fruir tirar lucro de, burlar, intrujar f) copadas arredondadas. Esse poema um soneto, que tem como principais caractersticas 1) construdo em verso e no em prosa 2) composto de duas quadras e dois tercetos 3) seus versos so decasslabos. Por ser literrio, naturalmente, sua linguagem subjetiva e cheia de conotaes, ou seja, transmite sensibilidade e desperta o senso do belo. Nela, o eu lrico aflora. O ritmo se d atravs de versos hericos, ou seja, as silabas fortes de cada verso so a sexta e a dcima. As rimas so perfeitas, algumas ricas e outras pobres. O Arcadismo movimento literrio que, na Europa, ocorreu no sculo XVIII teve, entre outras, as seguintes caractersticas 1) Bucolismo, exaltao da vida do campo. Partindo de uma concepo de vida como algo simples, sem ambies de glria ou fortuna, o rcade elege a vida campestre e pastoril como modelo de existncia. Nota-se que tal caracterstica est presente em todo esse soneto, especialmente no primeiro terceto 2) Fuga da cidade como a cidade representava um lugar desequilibrado e o rcade algum que procura um lugar ameno, tranqilo para se viver, ele vai propor a fuga da cidade. Percebe-se que essa caracterstica est presente no primeiro verso do segundo terceto. 3) Volta ao modelo clssico esteticamente, o