Recreios campestres na companhia de Marília
Olha Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira:
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a morte me causara.
(BOCAGE, Manuel M. Barbosa Du. Obras de Bocage. Porto: Lello & amp; Irmão 1968.)
1. A quem o eu lírico se dirige? ______________________________________________________________.(1,0)
2. Que convite ele faz a essa pessoa? (1,0)
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3. Como a natureza é apresentada no poema? (1,0)
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4. No último terceto, a caracterização da natureza funciona como argumento para convencer Marília do quanto ela é amada. Explique qual é a relação estabelecida entre a natureza e os sentimentos do eu lírico. (1,0)
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5. Há, no cenário natural do soneto, uma evidente artificialidade. Como ela pode ser percebida? (1,0)
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6. Em relação ao soneto lido, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas: (1,0)
( ) A referência à música melodiosa feita pelos pastores é uma alusão à felicidade da vida campestre, uma das características do Arcadismo.
( ) No terceiro verso, a Natureza personificada, demonstra sua tristeza e melancolia.
( ) O eu lírico rejeita a beleza do campo e afirma preferir os sons da cidade.
( ) A natureza é descrita de forma detalhada formando