Análise do Líquor
ORILDO DOS SANTOS PEREIRA
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INTRODUÇÃO
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COLETA DA AMOSTRA
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EXAMES LABORATORIAIS FÍSICO-QUÍMICOS
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EXAMES LABORATORIAIS MICROBIOLÓGICOS
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CITOLOGIA
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CORRELAÇÃO CLÍNICA DOS EXAMES LABORATORIAIS NAS
MENINGITES
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TECNOLOGIA
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CASOS CLÍNICOS
CITOLOGIA DO LÍQUOR
I - INTRODUÇÃO
O líquido cefalorraquidiano (LCR) é encontrado no espaço conhecido como espaço subaracnóideo, entre a aracnóide mater e a pia mater – duas das três membranas que compreendem as meninges e recobrem o cérebro e o cordão espinhal. O LCR circula através do hemisfério central do cérebro e desce pela medula. Grande parte do líquido é formado pelos plexos coróides nos ventrículos do cérebro através de processos de ultrafiltração do plasma e secreção ativa ou transporte. Aproximadamente
20 mL do líquido é produzido pelos plexos coróides por hora e é reabsorvido na aracnóide. Normalmente há um volume total de 90-150 mL de LCR em adultos e 10-60 mL em neonatos.
O LCR serve como uma proteção do SNC. Atua como um tampão mecânico para prevenir trauma, regular o volume da pressão intracraniana, circulação de nutrientes, remover produtos metabólicos do SNC , e genericamente age como um lubrificante para o sistema. Uma barreira hematoencefálica intacta previne a passagem de certos constituintes plasmáticos do sangue para o cérebro. A barreira hemato-encefálica consiste de dois componentes morfologicamente distintos: o endotélio dos capilares atua como uma barreira firme entre as células adjacentes e o epitélio dos plexos coróides. O endotélio dos capilares regulam a passagem de constituintes como açucar, uréia e creatinina. Estes difundem livremente, mas requerem várias horas para o equilíbrio. As proteínas difundem lentamente, proporcionalmente mais lento quanto maior o tamanho da molécula da proteína. Muitas drogas não atravessam a barreira hemato-encefálica. Devido a essa barreira, o LCR não é um