Análise do livro: essa escola chamada vida (primeira parte)
O livro trata de depoimentos da vida e experiências de Paulo Freire e Frei Betto. A ideia deste livro foi do escritor Paulo Freire que convidou Frei Betto, dominicano ligado ás comunidades eclesiais de base, para juntos falarem sobre educação popular.
Se trata de um livro-conversa, no qual é escrito pelo repórter Ricardo Kotscho. Essa conversa foi gravada num domingo á tarde de outubro de 1984. Foi uma conversa que durou seis horas de gravação, no qual foi contado um pouco das experiências desses educadores, desde quando iniciaram na educação até a prisão e o exílio na época da ditadura.
Paulo Freire e Frei Betto são de regiões diferentes do Brasil, Freire é de Pernambuco e Frei Betto é mineiro de gerações diferentes, ambos tem os mesmos objetivos: a libertação do povo brasileiro pela educação.
A partir da convivência com a população carente que ambos foram desenvolvendo uma abordagem educacional, a partir das necessidades desses grupos da população.
- Primeira parte: Fazendo e aprendendo a ensinar
Nesta primeira parte os dois educadores relatam como começaram a defender a educação popular em nosso país. Freire relata que já na adolescência, teve experiências que posteriormente foram importantes, no campo da educação popular. Experiências essas que teve com meninos camponeses, com meninos urbanos, filhos de operários, meninos que moravam em córregos e morros. A partir destas experiências fez com que se habituasse, com uma forma diferente de se pensar e de expressar quanto a linguagem popular.
O primeiro trabalho de Paulo Freire foi em 1933 no SESI (Serviço Social da Indústria) dirigindo o setor de Educação de escolas primárias. No SESI, Freire aprendeu a dialogar com a classe trabalhadora e compreender os pensamentos e a linguagem dessa classe. E foi assim, na prática que Freire foi se fazendo como educador. Foi neste momento que Freire selou esse compromisso, com a educação popular.
Freire: “E fui