análise do livro didatico
A variação linguística é um tema pouco abordado nos livros didático, e, às vezes, quando abordado equívocos quanto ao tratamento e os termos, como, por exemplo, a troca de algumas terminologias e a restrição a determinadas variedades, isso decorre muitas vezes, por conta do preconceito linguístico:
Por causa dos preconceitos que vigoram na nossa sociedade, algumas variedades linguísticas sofrem mais discriminação que as outras: as rurais frente às urbanas, as nordestinas frente às não-nordestinas (quando o falante vive fora do Nordeste), as dos homens frente à das mulheres, a das classes sociais privilegiadas frente às das classes desfavorecidas e por aí vai. (BAGNO, 2007, p. 129)
Os livros didáticos, não diferenciam, por exemplo, as três normas presentes na Língua portuguesa, isto é, a norma padrão que reúne as forma prescritas pelas gramáticas; a norma culta que está relacionada com a fala de pessoas que já possuem o nível superior completo; e a norma popular que está relacionada com os padrões de comportamento linguístico da maioria da população.
Diante disso, esta seção busca analisar um livro do ensino fundamental trabalhado em sala de aula com o objetivo de analisar se e como a variação é tratada pelo mesmo. É importante ressaltar que esta seção está subdividida em duas seções, a primeira evidencia o que e como deve ser abordada a variação à luz dos PCNs do ensino fundamental; a segunda analisa o livro didático Para viver juntos, sendo que este é o livro utilizado na turma de 9º ano do ensino fundamental da Escola municipal Adolfo Ribeiro.
2.1 O que deve e como deve ser abordado
Segundo os PCNs, o ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa resultam da articulação de três variáveis, a saber: o aluno, os conhecimentos que se opera nas práticas de linguagem e a mediação do professor. Logo, o objeto de conhecimento são os conhecimentos linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem, isto é, o