Análise do Filme : À PRIMEIRA VISTA
O filme em questão traz a linda história de um rapaz cego que, independente de sua deficiência, não a enxerga como uma incapacidade de viver. Virgil demonstra em diversas cenas que sua capacidade de ser feliz, realizar diversas atividades, andar pelas ruas, patinar, trabalhar, reconhecer objetos e cheiros, através dos demais sentidos, etc., na maioria das vezes sem o auxílio de um vidente.
A possibilidade de enxergar o mundo através de outros sentidos, sendo totalmente privado do sentido da visão, nos faz identificar a quantidade de detalhes que passam despercebidos para os videntes, como por exemplo, a chuva, que Virgil gosta de ouvi-la, diferente dos videntes que apenas veem, mas não apreciam o maravilhoso momento.
No entanto, essa maneira de enxergar o mundo através dos demais sentidos só é possível quando desenvolvido desde cedo. Como por exemplo, o toque em alguns objetos (maça). Quando não é possível tocar em algo, é necessário o auxílio de um vidente para descrever, e então, é ser formado um conceito em seu cérebro, como a cena em que ele pede para Amy, moça que conheceu no SPA, onde trabalhava como massagista e criou-se um sentimento, para descrever o horizonte. Dessa forma, Virgil adquiriu o conceito sobre o horizonte, através dos detalhes que Amy descreveu para ele.
Sendo assim, é possível compreender que o cego, assim como o vidente não constrói nada sozinho, e para isso é preciso inserir o deficiente visual no mundo, através dos outros sentidos, para que os tornem aguçados e assim, facilitem a vida deste indivíduo. Esta inserção ocorre com o auxílio tanto da família, que tem como um dos inúmeros deveres, estimular a criança desde cedo utilizando os demais sentidos para perceber o mundo, quanto da escola que tem diversas funções como