Análise do filme "O Nascimento de Uma Nação"
The Birth of a Nation, ou O Nascimento de uma Nação, é um filme mudo de drama, dirigido por D. W. Griffith. O filme foi baseado no romance The Clansman, de Thomas Dixon Jr. Juntamente de Harry Aitken, Griffith escreveu o roteiro do filme. O filme foi lançado em 1915, originalmente separado em duas partes.
O filme retrata o relacionamento de duas famílias entre a Guerra de Secessão norte-americana, que foi uma guerra civil entre o Sul, agrário e escravagista, e o Norte, urbano e industrial, e a era da Reconstrução. A família Stoneman, do norte americano e a favor da União, e a família Cameron, sulista e confederada. Eventos como o assassinato do presidente Abraham Lincoln por John Wilkes Booth são dramatizados neste filme.
Sucesso de bilheteria, o filme foi extremamente controverso por retratar os afro-americanos, interpretados por atores brancos com a cara pintada de preto, como seres violentos, agressivos, pervertidos e covardes, e por retratar a Ku Klux Klan, movimento segregacionista e supremacista branco, como uma força heroica. O filme gerou protestos, e foi proibido em diversas cidades. A reação contra o filme foi grande o suficiente para inspirar Griffith a produzir Intolerância, um filme sobre a intolerância em diferentes épocas. Além disso, este foi o primeiro filme a ser exibido na Casa Branca, residencia presidencial norte-americana, durante a presidência de Woodrow Wilson.
De maneira similar a como o filme O Poderoso Chefão afetou diversas gangues e máfias, O Nascimento de uma Nação foi um dos motivos que inspirou a formação de uma segunda era para a Ku Klux Klan. Inativa e desagrupada desde a década de 1870, a Ku Klux Klan se reorganizou em 1915, inspirada na organização conforme retratada no filme.
Apesar da controvérsia gerada pelo conteúdo e mensagem do filme, as técnicas de D. W. Griffith e o pioneirismo da obra tornaram O Nascimento de Uma Nação um dos filmes mais importantes e influentes na história do cinema.
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